?Juízes mas sobretudo pastores

​Juízes mas sobretudo pastores

Os juízes eclesiásticos são «essencialmente pastores». E como tais não devem esquecer que «por detrás de qualquer prática, posição e causa, há pessoas que esperam a justiça». Eis quanto afirmou o Papa Francisco aos membros do tribunal da Rota Romana recebidos em audiência na manhã de sexta-feira 24 de Janeiro, na Sala Clementina, por ocasião da inauguração do ano judiciário.

​Juízes mas sobretudo pastores

No seu discurso o Pontífice insistiu sobre a necessidade de não contrapor «dimensão jurídica» e «dimensão pastoral do ministério eclesial», porque ambas «concorrem para a realização das finalidades e da unidade de acção próprias da Igreja». Por isso, realçou «a conotação profundamente pastoral» da «actividade judiciária eclesial», que «se configura – explicou o Papa – como serviço à verdade na justiça» e, ao mesmo tempo, como «serviço ao povo de Deus em vista da consolidação da comunhão plena entre todos os fiéis, e entre eles e a assembleia eclesial».

A partir desta premissa, o bispo de Roma descreveu a figura do juiz eclesiástico, identificando três perfis essenciais. Em primeiro lugar, o «humano» que exige «serenidade de julgamento e desapego das opiniões pessoais», mas também «capacidade de entrar na mentalidade e nas aspirações legítimas da comunidade na qual desempenha o serviço». Dotes que lhe permitem – acrescentou – «praticar uma justiça não legalista nem abstracta, mas apropriada às exigências da realidade concreta» e capaz de «entrar em profundidade na situação das partes em causa».

Além disso, do juiz exige-se – e este é o perfil mais estritamente «judiciário» do seu ofício – «a perícia no direito, a objectividade de julgamento e a equidade». Às quais deve acrescentar-se «o genuíno espírito de serviço», como demonstração da dimensão «pastoral» que integra e completa a fisionomia do seu ministério. «Ele é o servidor da justiça», disse o Pontífice, reafirmando que a «caridade pastoral» constitui «a alma da função do juiz eclesiástico».

Fuente:: News.va

Leer mas http://www.news.va/es/news/juizes-mas-sobretudo-pastores